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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A ABERTURA DA AVENIDA DOS ALIADOS

EM 
PORTO DESAPARECIDO
de
MARINA TAVARES DIAS
e
MÁRIO MORAIS MARQUES

« Há já alguns anos que pensava a Câmara abrir uma avenida, ligando a Praça de D. Pedro à Trindade. A Avenida da Liberdade em Lisboa era o modelo. Com o entusiasmo que caracteriza os homens do novo Regime, a Câmara Municipal do Porto, sob a presidência de Elísio de Melo, dará início a grandes alterações no centro da cidade. 

A desejada Avenida vai ser aberta segundo projecto do inglês Barry Parker, sacrificando-se para isso os dois edifícios onde funcionavam os serviços camarários. Demolição que começa no dia 1 de Fevereiro de 1916. Pouco depois, iniciar-se-á a construção do novo edifício dos Paços do Concelho, com que se pretende ocultar a fachada da Igreja da Trindade, que o projectista não considera digna de rematar a nova Avenida. 

O Arquitecto Marques da Silva desenha os edifícios da Companhia A Nacional e do Banco Inglês que, simetricamente a Poente e Nascente, marcam de forma ténue a separação dos dois espaços urbanos. O seu estilo influenciará todas as futuras construções na nova Avenida e na Praça. Aqui, à volta da estátua de D. Pedro, todas as casas serão demolidas ou alteradas, sobrevivendo apenas, como testemunho do século XIX, o "Passeio das Cardosas".» (continua no livro)


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