de
Marina Tavares Dias
e
e
Mário Morais Marques
capítulo
OS CAFÉS
«O ultimo café a abrir na década de 30, nesta zona da cidade, será o Imperial, a 27 de Maio de 1936. A imprensa da época noticia o facto com grande relevo, transcrevendo discursos de ocasião. Os arquitectos Ernesto Korrodi (1889-1944) e seu filho Ernesto Camilo (1905-1985) são autores do projecto, "nem peixe, nem carne, mas que pode e deve enfileirar ao lado dos melhores cafés do país e do estrangeiro"* - assim o classifica o velho Korrodi.
O interior é dominado por um grande vitral alusivo ao cultivo, transporte, transformação e consumo do café. À entrada, do lado direito, um local para venda de jornais; do esquerdo a venda de café a peso. Ao fundo, à direita, o bar, com tecto de vidro e cristal. Virá a ser conhecido popularmente como "sacristia", e utilizado como local de tertúlia.
Aqui se reuniram Óscar Lopes e seu pai Armando Leça, João Gaspar Simões e outros. Uma porta giratória em cobre e cristal permitia o acesso ao interior. Quando, na Praça, em tarde de contestação anti-ditadura, os manifestantes se protegiam da polícia dentro do Café Imperial, eram estas portas que barravam o passo aos cavalos.» [...] (continua no livro)
Pormenor de fotografia
«O ultimo café a abrir na década de 30, nesta zona da cidade, será o Imperial, a 27 de Maio de 1936. A imprensa da época noticia o facto com grande relevo, transcrevendo discursos de ocasião. Os arquitectos Ernesto Korrodi (1889-1944) e seu filho Ernesto Camilo (1905-1985) são autores do projecto, "nem peixe, nem carne, mas que pode e deve enfileirar ao lado dos melhores cafés do país e do estrangeiro"* - assim o classifica o velho Korrodi.
O interior é dominado por um grande vitral alusivo ao cultivo, transporte, transformação e consumo do café. À entrada, do lado direito, um local para venda de jornais; do esquerdo a venda de café a peso. Ao fundo, à direita, o bar, com tecto de vidro e cristal. Virá a ser conhecido popularmente como "sacristia", e utilizado como local de tertúlia.
Aqui se reuniram Óscar Lopes e seu pai Armando Leça, João Gaspar Simões e outros. Uma porta giratória em cobre e cristal permitia o acesso ao interior. Quando, na Praça, em tarde de contestação anti-ditadura, os manifestantes se protegiam da polícia dentro do Café Imperial, eram estas portas que barravam o passo aos cavalos.» [...] (continua no livro)
Pormenor de fotografia
de MARINA TAVARES DIAS, 1984
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