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domingo, 8 de dezembro de 2013

A BRASILEIRA e OS LUSÍADAS

Excerto do capítulo sobre 
A BRASILEIRA 

PORTO DESAPARECIDO 

de MARINA TAVARES DIAS 
e  MÁRIO MORAIS MARQUES:

«Nas páginas do jornal «A Brazileira» encontram-se, desde o início da publicação, preciosas referências aos hábitos de consumo do café, no Porto e em Lisboa. Entre os artigos de fundo e os anúncios a fornecedores e clientes, Adriano Telles arranjava sempre espaço para mais um poema à sua paixão.[.../...] O "freguês" Pires de Lima não fica aquém do seu mentor quando, a 4 de Maio de 1905 [...], escreve: 

"Os célebres Goncourt propuseram que um literato escrevesse, sucessivamente, três livros, estimulando o cérebro uma vez com café, outra com chá e a terceira com álcool, e que se estudasse a influência que essas substâncias podiam ter na génese das obras de arte. Parece-me que a experiência ainda não foi feita e a literatura actual muito teria a lucrar, se ela fosse tentada no nosso país. Se as bebidas chamadas intelectuais influem, como creio, no valor dos pensamentos, os nossos literatos de hoje, na sua grande maioria, usam por certo géneros falsificados, ou então bebem só água… Se bebessem café d’A Brazileira, não tardaríamos a ter outros ‘Lusíadas’!"»


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