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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

UMA PONTE PARA A LINHA FÉRREA

[... / ...]O primeiro estudo previa a passagem do rio no Areinho e a estação no fundo do Freixo indo ligar à linha do Minho e Douro em Rio Tinto. O segundo estudo coincidia com o primeiro numa extensão aproximadamente de dois quilómetros. Depois virava à direita e fazia a travessia no lugar da Pedra Salgada, flectia à esquerda para parar no Campo do Cirne, actualmente designado de Campo 24 de Agosto, juntando-se aí com as linhas do Minho e Douro. De acordo com estes planos chegaram os trabalhos a iniciar-se com a construção de um extenso túnel entre a actual Avenida da República e Oliveira do Douro. Abandonado posteriormente, seria essa construção adquirida pela empresa Real Vinícola que a utiliza actualmente como armazém. O terceiro traçado seguiria das Devesas em direcção à Serra do Pilar atravessando-a em túnel. Depois, faria a travessia do rio entre escarpas e passando de novo em túnel, sob o edifício do actual Colégio dos Órfãos, alcançaria o Cimo de Campanhã onde encontraria as linhas do Minho e Douro. 

Aceite a terceira solução foi aberto concurso, em 1875, para o projecto da nova Ponte e a obra foi adjudicada à solução mais económica, apresentada por MM Eiffel & C.ª de Paris. O célebre engenheiro francês era ainda um quase desconhecido. Associara-se poucos anos antes ao engenheiro belga T. Seyrig, tinha pouca obra executada e a Ponte do Douro lançou-o no caminho da fama. 

[continua no livro 
PORTO DESAPARECIDO 
de MARINA TAVARES DIAS 
e MÁRIO MORAIS MARQUES]


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