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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CAMILO E A TORRE DA MARCA





Torre da Marca, referida por Camilo Castelo Branco num dos seus primeiros poemas, 
a propósito de um duelo ali travado em 1845. 
Toda a zona circundante adoptou como topónimo esta designação.




Uma luva se vio cahir em terra,

Prestes braço se vio alevantal-a:

Convieram no lugar — Torre da Marca —

Quaes armas devem ser? — sejam bengalas,

E quatro horas da tarde as horas sejam —

Segunda feira o dia — Quem falta é frágil —

Tremi ao ver finar vidas tão caras!

Julguei ver a meus pés em postas feitos

Dous corpos tão gentis! caras tão bellas!



Camilo Castello Branco,
Pundonores Desagravados, 1845.


Ilustrações:
gravura oitocentista do Archivo Pittoresco
e postal ilustrado c. 1920.


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Obrigado. Bem haja!

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