«[...] Era estranha a forma como se acedia à ponte na
margem do Porto. Entrava-se no tabuleiro de lado através de uma rampa, que
começava no local da anterior ponte das barcas, construída em aterro sobre o
rio com a extensão de cerca de oitenta metros.
Em madeira de pinho, importado da Suécia, foi
construído o tabuleiro da ponte. Tinha a largura de seis metros, correspondendo
quatro à faixa de rodagem e um metro a cada um dos passeios laterais,
sobrelevados. As carlingas, vigas transversais em madeira, ligadas pelos topos
aos cabos de suspensão e espaçadas de metro e meio, suportavam um estrado de
pranchas dispostas em sentido longitudinal. Sobre estas pranchas, e paralelas
às carlingas, uma nova fiada de tábuas formava a camada de desgaste.
Em madeira
de carvalho do norte eram as guardas da ponte constituídas por prumos colocados
em correspondência com os cabos de suspensão e contraventados por cruzes de
Santo André.» (CONTINUA NO LIVRO)
PORTO DESAPARECIDO
de MARINA TAVARES DIAS
e MARIO MORAIS MARQUES.
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