Um quarto do GRANDE HOTEL DO PORTO
na década de 1920
« Era um hotel emblemático, com quartos magníficos, de janelas sobre a Rua de Santa Catarina; restaurante de iguarias a condizer com os estuques dourados que representavam a sua época. O nome ostentava pergaminhos de Grande Hotel do Porto, por direito próprio, numa cidade onde, durante décadas, era o mais sofisticado e o mais central.
Hoje em dia, após uma intervenção modernaça (que pretendia «melhorar» a que fora já feita na década de 1950), tem quadros copiados de fotocópias a cores, lombadas de livros falsos no salão de entrada, veludo encarnado e almofadas pretas; tudo misturado com moldes de estuque, a molho e sem sentido algum, escorrendo pelas paredes abaixo. Hoje em dia, o Grande Hotel passou a ter o cenário de grande bordel.
Frequentei-o durante mais de 25 anos. Ali passei dias, semanas, meses, sempre que ia ao Porto. Em Janeiro de 2012, disse-lhe adeus de vez, passando a mão pelas colunas do salão (uma das poucas coisas que permanecem intactas, e que estão agora totalmente deslocadas no meio de tanto horror).
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MARINA TAVARES DIAS
Hoje em dia, após uma intervenção modernaça (que pretendia «melhorar» a que fora já feita na década de 1950), tem quadros copiados de fotocópias a cores, lombadas de livros falsos no salão de entrada, veludo encarnado e almofadas pretas; tudo misturado com moldes de estuque, a molho e sem sentido algum, escorrendo pelas paredes abaixo. Hoje em dia, o Grande Hotel passou a ter o cenário de grande bordel.
Frequentei-o durante mais de 25 anos. Ali passei dias, semanas, meses, sempre que ia ao Porto. Em Janeiro de 2012, disse-lhe adeus de vez, passando a mão pelas colunas do salão (uma das poucas coisas que permanecem intactas, e que estão agora totalmente deslocadas no meio de tanto horror).
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MARINA TAVARES DIAS
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