« Com o
correr dos anos, a própria fachada do café, com o grande alpendre construído
durante as primeiras obras de monta (terminadas em Agosto de 1916), viria a
tornar-se, só por si, um «ex-libris» do Porto. Enquanto decorreram os
trabalhos, e para não perder uma única hora de negócio, a firma construiu um
anexo de madeira sob o toldo novo, e aí continuou a vender café e chá ao quilo.
Anexando a loja que até então ocupara o gaveto para a Rua do Bonjardim, A
Brasileira volta a expandir-se em 1930, altura em que é considerada o mais
«intelectual» dos cafés portuenses. Oito anos depois – 26 de Maio de 1938 –
inaugura-se a remodelada sala central, em estilo já totalmente «modernista»
(por oposição aos antigos interiores clássicos). A decoração fora encomendada a
Januário Godinho, que se esmerara na escolha de espelhos franceses e frisos de
alabastro do Vimioso, devidamente enquadrados pelos baixos-relevos do escultor
Henrique Moreira. »
PORTO DESAPARECIDO
MARINA TAVARES DIAS
e MÁRIO MORAIS MARQUES.
Excerto de capítulo. «A BRASILEIRA».
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