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quarta-feira, 27 de março de 2013

« Com o correr dos anos, a própria fachada do café, com o grande alpendre construído durante as primeiras obras de monta (terminadas em Agosto de 1916), viria a tornar-se, só por si, um «ex-libris» do Porto. Enquanto decorreram os trabalhos, e para não perder uma única hora de negócio, a firma construiu um anexo de madeira sob o toldo novo, e aí continuou a vender café e chá ao quilo. Anexando a loja que até então ocupara o gaveto para a Rua do Bonjardim, A Brasileira volta a expandir-se em 1930, altura em que é considerada o mais «intelectual» dos cafés portuenses. Oito anos depois – 26 de Maio de 1938 – inaugura-se a remodelada sala central, em estilo já totalmente «modernista» (por oposição aos antigos interiores clássicos). A decoração fora encomendada a Januário Godinho, que se esmerara na escolha de espelhos franceses e frisos de alabastro do Vimioso, devidamente enquadrados pelos baixos-relevos do escultor Henrique Moreira. »

PORTO DESAPARECIDO

MARINA TAVARES DIAS
e MÁRIO MORAIS MARQUES.
 
Excerto de capítulo. «A BRASILEIRA».